segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sem, porém sentido.

Disseram-me que eu só escrevia sobre coisas tristes. Na maior parte do tempo é verdade, mas não é o tempo todo.

A você, observador(a), devo deixar aqui inscrito que preencher o papel em branco com letrinhas é uma terapia particular que compartilho com alguns desavisados que vez ou outra estão por aí a passeio, procurando um conteúdo interessante. Veja bem, já vou logo alertando que nesse endereço não é exatamente esse o caso. Aqui é o meu cantinho do pensamento, meu mural de reclamações, aqui é meu divã, aqui é a modernidade alcançado os nostálgicos diários, aqui é o transbordar daquilo que não sai pela boca, mas que atravessa os dedos com uma rapidez que quando vejo estou alguns quilos mais magra. E aqui estou novamente a colocar mais um desses segredos que acabam escapando entre um texto ou outro (e que não ouso apagar justamente pela espontaneidade com que conseguiu cair no mundo): um pouco da minha magreza deve ser desse monte de preocupações, pensamentos e angústias que me forço a arrancar daqui de dentro em forma de lágrimas ou digitalizando-as. 

Pois bem, foi dada essa pequena introdução, que nem mesmo poderia receber esse nome porque 1. Não tem nada de pequeno ali, 2. A minha licença que não chega nem a ser poética porque não sou tão artística assim, está livre de todas essas semânticas sintaxes que prendem a gente dentro dos limites das normas. E não moço(a), por hoje não. Hoje e todos os outros dias que me disponho a publicar mais alguma coisa, venho com a rebeldia daqueles que não querem obedecer aos padrões e olha, com todo o respeito, aqui sou eu quem dá os comandos para a banda tocar. 

O.K., você cansou e está quase zapeando por outros canais/links (se já não o fez), mas caso me empreste mais alguns minutos de sua atenção aqui vai algumas coisas daquelas que me fazem feliz em estar viva:

- Um eu te amo bem dado, daqueles que não vem querendo ouvir nada em troca porque está ocupado com uma admiração que eu não consigo enxergar em mim mesma, mas que me envaidece por sentir refletida nos olhos do outro.
- Uma ligação ou mensagem daquelas que desmancham a gente por fazer referência a algo que foi dito casualmente, porém registrado com uma importância que faz a gente cair de afetos pelo “lembrei de você”.
- Um desejo do outro por nós que é meio cego e daquele que infelizmente eu sei que vai passar com uma rapidez com a qual eu não estarei pronta para lidar, mas que nos engradecem tanto que dobram o nosso esforço em querer retribuir, em querer prolongar sua duração, embora no fim das contas seja em vão.
- Um conselho que vem embrulhado com tanta preocupação e cuidado em seu pronunciamento que me faz sentir abraçada por àquele(a) que mesmo sem saber me emprestou sua proteção.
- Uma saudade que parece não poder ser contida, inibida ou satisfeita, mas que quando projetada do outro pra gente faz querer desfrutar mais e mais daquela companhia.


Entendeu? Aprecie com moderação porque coloquei aqui apenas algumas das coisas que chamo de amor. E no final das contas é sobre isso que se trata tudo, o tempo todo. 

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